domingo, 25 de novembro de 2012

Abraço e prazer


Falando com um amigo ontem, ponderávamos sobre o fato de se “abraçar” alguém ou o “estar a abraçar” alguém que nem conhecemos ou que encontramos, talvez, fortuitamente. Eu evidenciava o estranho da situação e ele dizia que “abraço é bom de qualquer jeito”.

É... ele tem razão! O abraço é um gesto que deixa de ser algo puramente de amizade, transmitindo contentamento ou dor, ou de um contato de afeição... Ele também serve para relaxar! Ele nos deixa confortáveis!

Dizem que o abraço a gente “dá no outro”. Mas não concordo! com o abraço a gente se divide com o outro e nos somamos à metade dele e, assim, nos multiplicamos. Pois o todo – o abraço – é maior que a simples soma de suas partes, isto é, cada um dos dois que se envolvem nesse abraço. Por isso um abraço é tão gostoso...

Mas nem todo mundo sabe se entregar ao abraço... Há aqueles que se enrijecem, há os que apertam em demasiado, há os que ficam dando tapinhas nas costas como a dizer “tá bom, tá bom... já chega!”. Para o abraço ser bom, ele tem de atingir e massagear o coração. É preciso entrega total, mesmo que seja por breves segundos. 

E claro, se você é bom nisso, isso melhora o sexo!

Aí você me questiona: mas como é isso? Bem... o abraço ativa as regiões temporais e frontais do cérebro e essas áreas são responsáveis pela liberação de dopamina e serotonina, que estão ligadas ao prazer. Como defendia Freud, o princípio do prazer é que “a mente funciona de modo a alcançar prazer e evitar o desprazer”. Sendo assim, se você abraça gostoso, o outro vai querer ainda mais você, vai te desejar muito mais!

Assim, um abraço bem dado pode funcionar melhor do que um beijo... E se aliado ao beijo, então... é fatal!

Como diz a música de Bruno e Marrone: 
“E que se aumente os desejos
E assim, enquanto eu te beijo
Que mude o destino, por um minuto
Que meu corpo encontre o seu corpo
Num prazer absoluto
E assim, enquanto eu te abraço
Me aperte em seus braços, por um minuto.”

O contato físico é algo necessário para criar vínculos, mesmo os sem compromisso. Dessa forma, abuse dos abraços!

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